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Ritual Pornoterrorista Aborteiro Sudaka

Tipo de projeto

PERFORMANCES - AÇÕES ESTÉTICO POLÍTICAS

Data

2018-2019

Ritual Aborteiro Sudaka
Performance-ritual | 2018 - 2019

Uma insurgência encarnada, uma cura coletiva, um corpo-território em luta.

Nascido em Buenos Aires, em meio às ruas tomadas por manifestações pelo direito ao aborto em 2018, Ritual Aborteiro Sudaka é uma performance-ritual que atravessa fronteiras e tempos, reivindicando a autonomia dos corpos e denunciando as mortes invisibilizadas pela criminalização do aborto.

A performance se desdobrou em três momentos distintos, cada um marcado pelo contexto político e pelos artistas que se somaram ao rito:

📍 Buenos Aires, Argentina (2018) – Primeira apresentação, realizada em uma padaria ocupada, ao lado da artista e trabalhadora sexual chilena Isis Anomalia.

📍 Festival El Deleite de los Cuerpos, Córdoba, Argentina (2018) – Com Braian Gomez, artista de rua. O ritual se encontrou com a efervescência das lutas latino-americanas, enquanto nas projeções, as imagens de manifestações, igrejas em chamas e florestas se misturavam à misoginia institucionalizada de Macri e Bolsonaro.

📍 Mostra Revolta, São Paulo, Brasil (2019) – Uma nova edição, expandida, com a participação de Mogli Saura, Odaraya Mello e Camila Valones, trazendo o ritual para um Brasil às vésperas de retrocessos políticos iminentes.

A estrutura do ritual
🔥 Fogueira.
🩸 Perfurações. O número de agulhas no corpo representava as vidas perdidas por abortos clandestinos no ano da primeira edição.
💚 A retirada da bandeira pró-aborto do útero.
🎥 Projeções. Imagens de manifestações, queima de igrejas católicas e discursos misóginos de líderes políticos.

Cada apresentação foi única, transformada pela energia do espaço e pelo avanço das discussões sobre aborto na América Latina. Argentina e Uruguai já conquistaram esse direito, enquanto no Brasil, a luta continua. O ritual não é apenas denúncia; é também um processo de cura e resgate da autonomia dos corpos dissidentes.

O Ritual Aborteiro Sudaka se insere em uma pesquisa contínua sobre saberes ancestrais de aborto – ervas, cuidados, receitas e acompanhamentos –, atravessada por experiências pessoais e pela urgência de democratizar esse conhecimento. Quem pode abortar com segurança? Quem morre na clandestinidade? São perguntas que ecoam na performance e na realidade social.

Agora, com novas possibilidades de pesquisa e articulação digital, o próximo passo é aprofundar esse estudo e registrar em vídeo o processo do ritual, criando um arquivo visual que resiste ao apagamento e se expande para além das limitações físicas. Porque a luta não tem fronteiras.

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