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Ilha do Sol
Sinopse:
A Ilha do Sol tornou-se um símbolo de liberdade e resistência nas décadas de 1950 e 1960, ao abrigar o Clube Naturista Brasileiro, fundado por Luz Del Fuego (nome artístico de Dora Vivacqua), uma artista circense, bailarina e vedete de teatro, além de ser uma protofeminista e pioneira da arte performática feminina no Brasil. Luz Del Fuego habitou a ilha até seu trágico feminicídio, em julho de 1967, um ano que marca o início dos “anos de chumbo” – um período de forte repressão política e institucionalização da ditadura civil-militar no país.
"Ilha do Sol" é um híbrido entre ensaio poético e deriva cinematográfica, que convida o espectro de Luz Del Fuego a perambular pelo território que um dia foi seu lar. O filme reverbera sua presença na ilha, um corpo ausente que, no entanto, ressurge através da memória e da paisagem.
Nota de Curadoria:
A cineasta Dani Moreira e a figurinista e artista visual Carol Medeiros apresentam neste filme-instalação um encontro fantasmático entre a projeção da memória do ícone Luz Del Fuego e o espaço concreto e pedregoso que testemunhou seu desaparecimento violento nas águas da Baía de Guanabara. A performer Raíssa Vitral, em gestos que flutuam entre o hipnótico e o alusivo, evoca o espectro desta mulher revolucionária. Ao reocupar a Ilha do Sol, Raíssa se torna parte da paisagem, com seu corpo indissociável do território, enquanto as imagens que perfuram as redes de pesca – que outrora acolheram o corpo morto de Luz – são atravessadas pelo fantasma que emerge das águas. O filme ressignifica os signos da morte de Luz Del Fuego, reafirmando sua presença e a atualidade de sua luta e memória.
Ficha Técnica
Direção: Dani Moreira
Figurino e Arte Visual: Carol Medeiros
Performance: Raíssa Vitral
Com a colaboração de: Marina Meliande e Felipe M. Bragança











